Questões de Antropologia

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

Considerando o assunto abordado no texto acima, julgue os itens.

Apesar do caso citado no texto, a ferramenta de controle social e transparência de gestão intitulada consulta pública presencial vem sendo bastante utilizada pelo Poder Executivo brasileiro nos três níveis de governo como forma de garantir a participação social em processos decisórios, em especial no que tange ao licenciamento ambiental e à utilidade de obras públicas federais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

Considerando o assunto abordado no texto acima, julgue os itens.

A coleta e o registro de conhecimentos tradicionais têm sido, nas últimas décadas, importante base para o avanço na pesquisa de novos fármacos e cosméticos. Entretanto, a real autoria dos saberes coletados é constantemente omitida, ou mesmo negada, no âmbito acadêmico, o que demanda maior regulação social.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

Considerando o assunto abordado no texto acima, julgue os itens.

O processo de regularização das terras indígenas, instituído pela Lei n.º 6.001/1973 e pelo Decreto-lei n.º 1.775/1996, é considerado um exemplo de aplicação dos princípios de participação social e transparência na gestão de políticas públicas.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

Considerando o assunto abordado no texto acima, julgue os itens.

Nos últimos anos, no Brasil, o mito da globalização digital eda democratização do acesso à Internet prejudicou os processos de participação e controle social da gestão pública governamental por parte de comunidades tradicionais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

O escravo africano, quando capturado pelos traficantes,
não perdia só a liberdade, com ela iam-se os vínculos familiares e
sociais, assim como os referentes culturais da sua terra. Esse
processo de dessocialização que Orlando Patterson chama morte
social era acompanhado por outro de despersonalização. Uma vez
vendido aos europeus, antes de embarcar ou na sua chegada às
colônias, ele era normalmente batizado na religião católica e
recebia um nome português. Já no Brasil, devia aprender a falar
uma nova língua, e, aos olhos dos senhores, passava a ser uma
mercadoria, identificado pelo nome do seu proprietário e pelo nome
de nação adscrito pelos traficantes. Ele era também identificado
pelo seu preço no mercado, que variava de acordo com a sua idade,
sexo, condições físicas e habilidades. Em suma, a sua identidade
pessoal era severamente relativizada por outra, gerada e imposta de
fora. Em um nível individual ou no convívio com os parceiros de
cativeiro, certos traços de identidade pessoal podiam ser mantidos,
mas, no cotidiano das relações com a sociedade mais ampla, a nova
identidade imposta pela escravatura ia-se mostrando a forma mais
operacional de se apresentar aos outros. Foi assim que, aos poucos,
as denominações metaétnicas de nação foram assumidas pela
população negra (de origem) africana.
Paralelamente à dinâmica de identificação externa exercida
pela classe dominante, os africanos e seus descendentes foram
desenvolvendo novas formas de solidariedade e identidade coletiva,
na medida em que as novas circunstâncias o permitiam. No
convívio da senzala e dos grupos de trabalho da cidade, a partir do
reconhecimento de semelhanças linguísticas e comportamentais e
da identificação de lugares de procedência comuns ou próximos,
novos grupos mais amplos foram ganhando uma autoconsciência
coletiva. Esse reconhecimento da semelhança com certos indivíduos
era reforçado pelo reconhecimento de diferenças com outros. Nesse
sentido, cabe lembrar que, a partir de certo momento, os escravos
recém-chegados já encontravam em funcionamento redes sociais
estruturadas, em que a identidade coletiva de nação era
efetivamente operacional e o processo de assimilação dessa nova
identidade podia produzir-se com mais rapidez.

Luís Nicolau Parés. A Formação do candomblé — História e ritual da nação jeje na Bahia. Ed. Unicamp (com adaptações)

Com relação aos ritos sociais e ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens a seguir.

O sincretismo religioso baiano, que atingiu seu auge no final do século XIX e primeira metade do século XX, teve como motivação ideológica a reforma dos ritos sociais africanos realizados no Brasil naquela época.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

O escravo africano, quando capturado pelos traficantes,
não perdia só a liberdade, com ela iam-se os vínculos familiares e
sociais, assim como os referentes culturais da sua terra. Esse
processo de dessocialização que Orlando Patterson chama morte
social era acompanhado por outro de despersonalização. Uma vez
vendido aos europeus, antes de embarcar ou na sua chegada às
colônias, ele era normalmente batizado na religião católica e
recebia um nome português. Já no Brasil, devia aprender a falar
uma nova língua, e, aos olhos dos senhores, passava a ser uma
mercadoria, identificado pelo nome do seu proprietário e pelo nome
de nação adscrito pelos traficantes. Ele era também identificado
pelo seu preço no mercado, que variava de acordo com a sua idade,
sexo, condições físicas e habilidades. Em suma, a sua identidade
pessoal era severamente relativizada por outra, gerada e imposta de
fora. Em um nível individual ou no convívio com os parceiros de
cativeiro, certos traços de identidade pessoal podiam ser mantidos,
mas, no cotidiano das relações com a sociedade mais ampla, a nova
identidade imposta pela escravatura ia-se mostrando a forma mais
operacional de se apresentar aos outros. Foi assim que, aos poucos,
as denominações metaétnicas de nação foram assumidas pela
população negra (de origem) africana.
Paralelamente à dinâmica de identificação externa exercida
pela classe dominante, os africanos e seus descendentes foram
desenvolvendo novas formas de solidariedade e identidade coletiva,
na medida em que as novas circunstâncias o permitiam. No
convívio da senzala e dos grupos de trabalho da cidade, a partir do
reconhecimento de semelhanças linguísticas e comportamentais e
da identificação de lugares de procedência comuns ou próximos,
novos grupos mais amplos foram ganhando uma autoconsciência
coletiva. Esse reconhecimento da semelhança com certos indivíduos
era reforçado pelo reconhecimento de diferenças com outros. Nesse
sentido, cabe lembrar que, a partir de certo momento, os escravos
recém-chegados já encontravam em funcionamento redes sociais
estruturadas, em que a identidade coletiva de nação era
efetivamente operacional e o processo de assimilação dessa nova
identidade podia produzir-se com mais rapidez.

Luís Nicolau Parés. A Formação do candomblé — História e ritual da nação jeje na Bahia. Ed. Unicamp (com adaptações)

Com relação aos ritos sociais e ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens a seguir.

No Brasil do século XIX, as metaetnias foram formadas a partir da organização de redes sociais como as irmandades religiosas da Bahia, que, por sua vez, deram origem aos terreiros de candomblé.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

O escravo africano, quando capturado pelos traficantes,
não perdia só a liberdade, com ela iam-se os vínculos familiares e
sociais, assim como os referentes culturais da sua terra. Esse
processo de dessocialização que Orlando Patterson chama morte
social era acompanhado por outro de despersonalização. Uma vez
vendido aos europeus, antes de embarcar ou na sua chegada às
colônias, ele era normalmente batizado na religião católica e
recebia um nome português. Já no Brasil, devia aprender a falar
uma nova língua, e, aos olhos dos senhores, passava a ser uma
mercadoria, identificado pelo nome do seu proprietário e pelo nome
de nação adscrito pelos traficantes. Ele era também identificado
pelo seu preço no mercado, que variava de acordo com a sua idade,
sexo, condições físicas e habilidades. Em suma, a sua identidade
pessoal era severamente relativizada por outra, gerada e imposta de
fora. Em um nível individual ou no convívio com os parceiros de
cativeiro, certos traços de identidade pessoal podiam ser mantidos,
mas, no cotidiano das relações com a sociedade mais ampla, a nova
identidade imposta pela escravatura ia-se mostrando a forma mais
operacional de se apresentar aos outros. Foi assim que, aos poucos,
as denominações metaétnicas de nação foram assumidas pela
população negra (de origem) africana.
Paralelamente à dinâmica de identificação externa exercida
pela classe dominante, os africanos e seus descendentes foram
desenvolvendo novas formas de solidariedade e identidade coletiva,
na medida em que as novas circunstâncias o permitiam. No
convívio da senzala e dos grupos de trabalho da cidade, a partir do
reconhecimento de semelhanças linguísticas e comportamentais e
da identificação de lugares de procedência comuns ou próximos,
novos grupos mais amplos foram ganhando uma autoconsciência
coletiva. Esse reconhecimento da semelhança com certos indivíduos
era reforçado pelo reconhecimento de diferenças com outros. Nesse
sentido, cabe lembrar que, a partir de certo momento, os escravos
recém-chegados já encontravam em funcionamento redes sociais
estruturadas, em que a identidade coletiva de nação era
efetivamente operacional e o processo de assimilação dessa nova
identidade podia produzir-se com mais rapidez.

Luís Nicolau Parés. A Formação do candomblé — História e ritual da nação jeje na Bahia. Ed. Unicamp (com adaptações)

Com relação aos ritos sociais e ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens a seguir.

O batismo católico dado aos recém-escravizados tinha por finalidade a ressocialização dos africanos das colônias do novo mundo.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

O escravo africano, quando capturado pelos traficantes,
não perdia só a liberdade, com ela iam-se os vínculos familiares e
sociais, assim como os referentes culturais da sua terra. Esse
processo de dessocialização que Orlando Patterson chama morte
social era acompanhado por outro de despersonalização. Uma vez
vendido aos europeus, antes de embarcar ou na sua chegada às
colônias, ele era normalmente batizado na religião católica e
recebia um nome português. Já no Brasil, devia aprender a falar
uma nova língua, e, aos olhos dos senhores, passava a ser uma
mercadoria, identificado pelo nome do seu proprietário e pelo nome
de nação adscrito pelos traficantes. Ele era também identificado
pelo seu preço no mercado, que variava de acordo com a sua idade,
sexo, condições físicas e habilidades. Em suma, a sua identidade
pessoal era severamente relativizada por outra, gerada e imposta de
fora. Em um nível individual ou no convívio com os parceiros de
cativeiro, certos traços de identidade pessoal podiam ser mantidos,
mas, no cotidiano das relações com a sociedade mais ampla, a nova
identidade imposta pela escravatura ia-se mostrando a forma mais
operacional de se apresentar aos outros. Foi assim que, aos poucos,
as denominações metaétnicas de nação foram assumidas pela
população negra (de origem) africana.
Paralelamente à dinâmica de identificação externa exercida
pela classe dominante, os africanos e seus descendentes foram
desenvolvendo novas formas de solidariedade e identidade coletiva,
na medida em que as novas circunstâncias o permitiam. No
convívio da senzala e dos grupos de trabalho da cidade, a partir do
reconhecimento de semelhanças linguísticas e comportamentais e
da identificação de lugares de procedência comuns ou próximos,
novos grupos mais amplos foram ganhando uma autoconsciência
coletiva. Esse reconhecimento da semelhança com certos indivíduos
era reforçado pelo reconhecimento de diferenças com outros. Nesse
sentido, cabe lembrar que, a partir de certo momento, os escravos
recém-chegados já encontravam em funcionamento redes sociais
estruturadas, em que a identidade coletiva de nação era
efetivamente operacional e o processo de assimilação dessa nova
identidade podia produzir-se com mais rapidez.

Luís Nicolau Parés. A Formação do candomblé — História e ritual da nação jeje na Bahia. Ed. Unicamp (com adaptações)

Com relação aos ritos sociais e ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens a seguir.

Os processos de dessocialização e de despessoalização estão agrupados na categoria dos ritos sociais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

O escravo africano, quando capturado pelos traficantes,
não perdia só a liberdade, com ela iam-se os vínculos familiares e
sociais, assim como os referentes culturais da sua terra. Esse
processo de dessocialização que Orlando Patterson chama morte
social era acompanhado por outro de despersonalização. Uma vez
vendido aos europeus, antes de embarcar ou na sua chegada às
colônias, ele era normalmente batizado na religião católica e
recebia um nome português. Já no Brasil, devia aprender a falar
uma nova língua, e, aos olhos dos senhores, passava a ser uma
mercadoria, identificado pelo nome do seu proprietário e pelo nome
de nação adscrito pelos traficantes. Ele era também identificado
pelo seu preço no mercado, que variava de acordo com a sua idade,
sexo, condições físicas e habilidades. Em suma, a sua identidade
pessoal era severamente relativizada por outra, gerada e imposta de
fora. Em um nível individual ou no convívio com os parceiros de
cativeiro, certos traços de identidade pessoal podiam ser mantidos,
mas, no cotidiano das relações com a sociedade mais ampla, a nova
identidade imposta pela escravatura ia-se mostrando a forma mais
operacional de se apresentar aos outros. Foi assim que, aos poucos,
as denominações metaétnicas de nação foram assumidas pela
população negra (de origem) africana.
Paralelamente à dinâmica de identificação externa exercida
pela classe dominante, os africanos e seus descendentes foram
desenvolvendo novas formas de solidariedade e identidade coletiva,
na medida em que as novas circunstâncias o permitiam. No
convívio da senzala e dos grupos de trabalho da cidade, a partir do
reconhecimento de semelhanças linguísticas e comportamentais e
da identificação de lugares de procedência comuns ou próximos,
novos grupos mais amplos foram ganhando uma autoconsciência
coletiva. Esse reconhecimento da semelhança com certos indivíduos
era reforçado pelo reconhecimento de diferenças com outros. Nesse
sentido, cabe lembrar que, a partir de certo momento, os escravos
recém-chegados já encontravam em funcionamento redes sociais
estruturadas, em que a identidade coletiva de nação era
efetivamente operacional e o processo de assimilação dessa nova
identidade podia produzir-se com mais rapidez.

Luís Nicolau Parés. A Formação do candomblé — História e ritual da nação jeje na Bahia. Ed. Unicamp (com adaptações)

Com relação aos ritos sociais e ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens a seguir.

Os processos antagônicos de percepção das semelhanças e das diferenças, nas formas de perceber, crer, fazer, aprender e ensinar entre os indivíduos de uma mesma sociedade, são complementares na construção das identidades individuais e grupais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Antropologia

Ano de 2010

São especialmente as mulheres que produzem a quantidade
necessária de alimentos calóricos. As roças, cultivadas em um raio
médio de quatro a seis quilômetros da aldeia, são geridas por elas.
Cada família possui suas próprias roças, onde se cultiva sobretudo
batata-doce, milho, cana-de-açúcar, bananas e mandioca,
extremamente ricas em calorias. Algumas frutas tropicais, o algodão
e o tabaco também integram o cultivo.
Os kayapós fazem uma distinção entre diferentes tipos de
terrenos e de florestas. A escolha de um lugar conveniente para o
estabelecimento de uma nova aldeia ou de uma nova roça não se faz
de modo precipitado. Especialistas examinam cuidadosamente a
terra, sua cor e sua composição. A vegetação existente é igualmente
tomada em consideração.
Os homens têm a dura tarefa de cortar as árvores para a
abertura das roças. As árvores são derrubadas no início da estação
seca (maio) e permanecem lá alguns meses, até a proximidade da
estação chuvosa. A natureza do solo constitui um grande problema
na floresta equatorial, pois este é extremamente pobre em minerais.
Muitas dessas plantas produzem um néctar que atrai certa espécie
de formigas agressivas, inimigas naturais de insetos fitofágicos. Por
mais que pareça desordenada, a roça kayapó está organizada
segundo uma lógica extremamente estruturada.
As mulheres vão todos os dias às roças para recolher
legumes. A vida de uma mulher kayapó é um tanto monótona. Mas
algumas vezes por ano, geralmente durante a estação seca,
pequenos grupos de mulheres vão à floresta para juntar frutas
selvagens e óleo de palmeira.

Enciclopédia dos Povos Indígenas do Brasil. Divisão do trabalho na sociedade kayapó. Instituto Socioambiental (com adaptações)

Acerca da organização social da produção e da distribuição, julgue os itens subsequentes.

Nas sociedades tribais onde o trabalho e a produção são divididos entre gêneros, geralmente as obrigações cotidianas de trabalho de um gênero não atingem nem substituem aquelas de outro gênero. Culturalmente, as etnias explicam essa divisão do trabalho por meio de sua mitologia.

A resposta correta é:

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