Questões de Português

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social... O elemento destacado acima possui, no contexto, a mesma função sintática que o sublinhado em:

a) ... foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita...
b) ... que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma...
c) Mesmo democracias que no início pareciam débeis...
d) ... sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais.
e) ... certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte...

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

O segmento do texto reescrito com correção gramatical e lógica encontra-se em:

a) Em um amplo período de tempo, o processo que se fala, propicia redistribuição de renda e riqueza efetiva, estimula o surgimento econômico e político de uma classe média, viabilizando, assim o fortalecimento da  sociedade civil .
b) A avaliação a qual a democracia só é  autêntica quando intimamente associada à progresso no plano da igualdade foi compartilhada durante todo o século XX por várias correntes ideológicas.
c) Sabe-se que o regime democrático convive com a desigualdade social, a corrupção e a criminalidade, de cujo nível é alto na América Latina, que, com o passar do tempo, se beneficia menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais .
d) Um dos principais, senão o principal, determinante da estabilidade democrática, tem sido, a partir da Segunda Grande Guerra, o crescimento econômico.
e) Até onde se pode perceber, o desempenho do sistema político e o aprimoramento moral da vida pública são, em grande parte, responsáveis pela estabilidade e pelo vigor da democracia.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

A redação de um livre comentário sobre o assunto do texto, escrita com correção e lógica, encontra-se em:

a) Devido ao Iluminismo, à Revolução Francesa e a outros processos correlatos, dos quais emerge a figura do homem com um direito natural à felicidade, o século XVIII é um momento decisivo na consolidação das democracias modernas.
b) Como qualquer outro tipo de Estado, o Estado democrático exerce o poder e quando necessário emprega a força; porém, o fazem dentro de restrições constitucionais e de cultura política em geral severa.
c) A longo prazo, a evolução do sistema democrático- -representativo pode ser compreendido como resultante não só do crescimento econômico, mas também do bom funcionamento das instituições eleitorais.
d) O plebiscitarismo, uma das vertentes da democracia, provém de Rousseau e, como diversos intérpretes tem assinalado, consiste na crença na superioridade ética de um governo continuamente dependente da legitimação pela massa dos cidadãos.
e) Montesquieu, um dos grandes filósofos políticos e escritor francês idealizou intelectualmente a democracia como um sistema institucional por meio do qual se viabiliza competições políticas pacíficas,

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

... facilita o surgimento econômico e político de uma classe média... O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento que o do destacado acima está empregado em:

a) ... o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes...
b) ... certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte...
c) Mas nada assegura que a configuração de fatores...
d) ... o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico.
e) A democracia surge historicamente em sociedades...

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

Considerando-se a pontuação do texto, atente para o que se afirma abaixo.

I. Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após central, sem prejuízo da coesão textual e da correção gramatical. (3º parágrafo)
II. Fazendo-se as devidas alterações entre maiúsculas e minúsculas, o sinal de dois-pontos pode ser colocado imediatamente após vetores, sem prejuízo da correção e do sentido. (3º parágrafo)
III. Sem prejuízo da correção e do sentido, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “autêntica”. (2º parágrafo)

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III.
b) I e II.
c) I e III.
d) I.
e) II e III,

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150


O segmento em que se restringe o sentido do termo imediatamente anterior encontra-se em:

a) ... que o corpo de hipóteses... (3º parágrafo)
b) ... status... (3º parágrafo)
c) ... que no início pareciam débeis... (último parágrafo)
d) ... estratificadas... (1º parágrafo)
e) ... que consequência... (1º parágrafo)

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150


De acordo com o contexto, o crescimento econômico

a) coexiste até mesmo com regimes antidemocráticos, ainda que historicamente tenha apresentado índices mais altos nas nações democráticas.
b) é capaz de garantir os avanços sociais da coletividade e fazer com que se ultrapassem desigualdades políticas, distribuindo renda, a despeito do regime político em vigor.
c) é visto como inerente ao arcabouço político fundador das democracias, embora democracias fortalecidas também apresentem níveis altos de estagnação econômica.
d) floresce paulatinamente nas democracias e recusa- -se a transigir com as demandas políticas de regimes autoritários, que tendem, assim, a sucumbir à estagnação financeira.
e) é fator importante na manutenção da estabilidade política dos sistemas democráticos, embora a própria democracia tenha surgido em meio a intensas disparidades sociais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

CNMP - Técnico Administrativo - Administração

Ano de 2015

Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é  autêntica quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes ideológicas diversas. Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores.
De um lado, a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio,
status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais provável o fortalecimento da  sociedade civil . Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e instituições  tradicionais . Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública.

Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. Democracia: origens e presença no pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150

Considerando-se o contexto, mantêm-se as relações de sentido e a correção gramatical substituindo-se

a) Assim por “Não obstante” (4º parágrafo).
b) quando por “enquanto” (2º parágrafo).
c) Mesmo por “Mediante” (4º parágrafo).
d) à medida que por “desde que” (4º parágrafo).
e) tal por “qualquer” (3º parágrafo).

A resposta correta é:

Assunto Concordância Verbal

Banca CESGRANRIO

PETROBRAS - Técnico(a) de Administração e Controle Júnior

Ano de 2015

A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em:,

a) É preciso que não se considere essas características do famoso  jeitinho brasileiro como o ideal a atingir no nosso projeto de nação.
b) A população exige que se estabeleça regras mais rígidas para coibir os atos de agressão entre atletas no decorrer de eventos esportivos.
c) Um exemplo do estilo de jogo, nos últimos campeonatos, que deslumbraram plateias do mundo inteiro, foi o dos jogadores holandeses.
d) A decisão dos juízes sobre os procedimentos a serem implementados no decorrer das partidas serão decisivos para evitar violência.
e) Os jornais noticiaram que o responsável pelos episódios violentos que ocorreram nas últimas partidas foi punido exemplarmente,

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESGRANRIO

PETROBRAS - Técnico(a) de Administração e Controle Júnior

Ano de 2015

A pátria de chuteiras

O estilo de jogo e as celebrações dos torcedores
são publicamente reconhecidos no Brasil como
traços nacionais. Em um plano, temos o tão celebrado
futebol-arte glorificado como a forma genuína de
nosso suposto estilo de jogo, e o entusiasmo e os
diversos modos de torcer como características típicas
de ser brasileiro. Mas, no plano organizacional, não
enaltecemos determinados aspectos, uma vez que
eles falam de algo indesejado na resolução de obstáculos
da vida cotidiana. Nesse sentido, tais traços
do famoso jeitinho brasileiro não são considerados
como representativos do Brasil que idealizamos.
Repetido diversas vezes e vendido para o exterior
como uma das imagens que melhor retrata o
nosso país, o epíteto Brasil: país do futebol merece
uma investigação mais cuidadosa. Essa ideia foi uma
construção histórica que teve um papel importante
na formação da nossa identidade. Internamente a utilizamos,
quase sempre, com um viés positivo, como
uma maneira de nos sentirmos membros de uma nação
singular, mais alegre.
Não negamos a sua força nem sua eficácia simbólica,
mas começamos a questionar o papel dessa
representação na virada do século, bem como a atual
intensidade de seu impacto no cotidiano brasileiro.
Se a paixão pelo futebol é um fenômeno que ocorre
em diversos países do mundo, o que nos diferencia
seria a forma como nos utilizamos dele para construirmos
nossa identidade e conquistas em competições
internacionais? Observemos, no entanto, que
ser um aficionado não significa necessariamente se
valer do futebol como metáfora do país.
A Copa do Mundo possui uma estrutura narrativa
que estimula os nacionalismos. O encanto da competição
encontra-se justamente no fato de fingirmos
acreditar que as nações estão representadas por 11
jogadores. O futebol não é a nação, mas a crença de
que ele o é move as paixões durante um Mundial.
Mas, ao compararmos a situação atual com a carga
emocional de 1950 e 1970, especulamos sobre a
possibilidade de estarmos assistindo a um declínio do
interesse pelo futebol como emblema da nação.
O jogador que veste a camisa nacional também
representa clubes da Europa, além de empresas
multinacionais. As marcas empresariais estão amalgamadas
com o fenômeno esportivo. As camisas e
os produtos associados a ele são vendidos em todas
as partes do mundo. Esse processo de desterritorialização
do ídolo e do futebol cria um novo processo
de identidade cultural. Ao se enaltecer o futebol como
um produto a ser consumido em um mercado de entretenimento
cada vez mais diversificado, sem um
projeto que o articule a instâncias mais inclusivas, o
que se consegue é esgarçar cada vez mais o vínculo
estabelecido em décadas passadas.
Se o futebol foi um dos fatores primordiais de
integração nacional, sendo a seleção motivo de orgulho
e identificação para os brasileiros, qual seria o
seu papel no século 21? Continuar resgatando sentimentos
nacionalistas por meio das atuações da seleção
ou estimulá-los despertando a população para
um olhar mais crítico sobre o papel desse esporte na
vida do país?

HELAL, R. Ciência Hoje, n. 314. Rio de Janeiro: SBPC e Instituto Ciência Hoje. Maio de 2014. p. 18-23. Adaptado.

A palavra a que se refere o termo destacado está explicitada entre colchetes em:

a) “vendido para o exterior como uma das imagens que melhor retrata o nosso país” (L. 13-15) [exterior]
b) “Essa foi uma ‘construção’ histórica que teve um papel importante na formação da nossa identidade.” (L. 16-18) [histórica]
c) “Se a paixão pelo futebol é um fenômeno que ocorre em diversos países do mundo, o que nos diferencia seria a forma como nos utilizamos dele” (L. 26-28) [fenômeno]
d) “A Copa do Mundo possui uma estrutura narrativa que estimula os nacionalismos.” (L. 33-34) [narrativa]
e) “em um mercado de entretenimento cada vez mais diversificado, sem um projeto que o articule a instâncias mais inclusivas” (L. 51-53) [entretenimento]

A resposta correta é:

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