Questões de Sociologia
Assunto Geral
Banca FCC
METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais
Ano de 2010
A respeito da perspectiva de Georg Simmel sobre a metrópole, analise:
I. Os fenômenos característicos do tipo de vida mental nas metrópoles são influenciados pela profusão de estímulos sensoriais e do desenvolvimento da economia monetária.
II. Os comportamentos típicos da vida metropolitana são a atitude blasé, o individualismo e a atitude de reserva.
III. A figura do estrangeiro ilustra os aspectos da massificação, da alteridade e do sedentarismo comunitário presentes no meio urbano.
É correto o que consta APENAS em
a) II.
b) III.
c) II e III.
d) I e II.
e) I e III.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
IJSN - ES - Ciências Sociais
Ano de 2010
Do mesmo modo que outros acontecimentos, a conduta humana ( interna ou externa ) mostra nexos e regularidades. Mas, há algo próprio da conduta humana: o curso de regularidades e nexos é interpretável pela via da compreensão.
Max Weber. Ensayos sobre metodologia sociológica. Buenos Aires: Amorrortu, 1982, p. 175.
Considerando o texto acima e com relação à sociologia compreensiva, julgue os itens que se seguem
Segundo Max Weber, a ação social é uma ação referida à conduta dos outros.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca FCC
METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais
Ano de 2010
Uma das contribuições centrais da chamada Escola Sociológica de Chicago para a sociologia urbana é a elaboração da Teoria das Zonas Concêntricas, proposta por Ernest Burgess para explicar o padrão de crescimento físico das cidades e sua associação com a formação de regiões urbanas e espaços segregados.
De acordo com essa teoria, é correto concluir:
a) Constituem zonas concêntricas típicas, a partir do ponto de núcleo central irradiador da expansão: a Zona Central de Comércio, a Zona de Transição, a Zona de Habitação dos trabalhadores das indústrias, a Zona Residencial de prédios de alta categoria e a Zona dos Subúrbios Residenciais de alta categoria.
b) A precedência do padrão zonal de crescimento radial da cidade pode ser tributada às influências de processos de inflacionamento imobiliário, dos conflitos entre movimentos urbanos e Estado e de aceleração da variação entre as ocupações ditas naturais e as invasões chamadas artificiais.
c) A segregação urbana típica é o resultado dos seguintes processos ecológicos: competição entre grupos étnicos pela ocupação das regiões valorizadas, desintegração de laços societários em ambientes de baixa mobilidade social e adaptação dos grupos disruptivos ao padrão moral das zonas residenciais.
d) O ciclo de crescimento e estagnação das cidades corresponde ao comportamento dos ciclos bióticos das comunidades humanas, de tal modo que a distribuição dos grupos sociais no interior da área citadina varia em razão direta da taxa de natalidade e em razão inversa da taxa de mobilidade.
e) A correspondência entre a estrutura urbana e a estrutura social pode ser explicada pela ecologia humana, de tal modo que a sobreposição da organização social à configuração física da cidade é decorrente tanto de fatores demográficos como de processos conscientes de invasão e de sucessão.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
EMBASA - Ciências Sociais - Sociologia
Ano de 2010
Lula pede reforma internacional em discurso à ONU
1 Senhor Presidente,
Há exatamente um ano, no limiar da crise que se
abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que
4 seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável,
cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos
as suas causas.
7 Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise
dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma
concepção econômica, política e social tida como
10 inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de
pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas
décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam
13 autorregular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado,
considerado por muitos um mero estorvo.
Foi a tese da liberdade absoluta para o capital
16 financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e
das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo,
atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento
19 e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização
das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a
mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A
22 verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da
soberania popular e nacional dos Estados e dos governos
democráticos por circuitos autônomos de riqueza e de
25 poder.
Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que
governantes e não tecnocratas arrogantes deveriam
28 assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial.
O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia
mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os
31 países desenvolvidos e os organismos multilaterais onde
eles eram hegemônicos foram incapazes de prever a
catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.
34 Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo,
golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham
reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é
37 justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos
que nada têm a ver com ela: os trabalhadores e as nações
pobres ou em desenvolvimento.
40 Passados doze meses, constatamos que houve alguns
progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não
há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral,
43 as graves distorções da economia global. O fato de ter sido
evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em
alguns um perigoso conformismo.
46 A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada.
Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de
regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em
49 realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e
o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de
Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres
52 do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas.
Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.
Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O
55 Brasil um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da
crise é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos
nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso
58 sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido
nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de
devedores à de credores internacionais.
Folha Online, 23/9/2009.
O discurso presidencial transcrito ao lado aborda os principais temas mundiais da atualidade, como o neoliberalismo, a globalização, o papel do Estado, a industrialização e a democracia entre as nações. Com relação a esses assuntos, julgue os itens a seguir.
A autorregulação dos mercados é um dos principais dogmas do neoliberalismo.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca FCC
METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais
Ano de 2010
As formulações teóricas da realidade, quer sejam científicas ou filosóficas, quer sejam até mitológicas, não esgotam o que é "real" para os membros de uma sociedade. Sendo assim, a sociologia do conhecimento deve acima de tudo ocupar-se com o que os homens "conhecem" como "realidade" em sua vida cotidiana, vida não teórica ou pré-teórica.
(BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 1998. pp. 29-30)
A concepção subjacente de sociedade defendida por essa vertente teórica da Sociologia do Conhecimento é a de
a) construção orgânica individual e coletivamente determinada por processos simbólicos e práticos de caráter intermitente e ocasional, cuja sedimentação é dependente dos contatos face a face.
b) construção interativa simultaneamente objetiva (compreendendo processos de institucionalização e de legitimação) e subjetiva
( envolvendo processos de socialização e de interiorização ).
c) produto da dialética entre a interiorização da realidade pela existência individual e a sua objetivação por meio de processos e modos de institucionalização do assujeitamento dos indivíduos a papéis determinados.
d) universo simbólico no qual se sedimentam papéis e formas de linguagem responsáveis pela manutenção da interiorização subjetiva da tradição e da sedimentação objetiva da transformação.
e) contexto de encenação de condutas pelos atores sociais e de dramatização da experiência social, estruturado por ajustamentos cotidianos contínuos objetivando a organização e compreensão das interações.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
IJSN - ES - Ciências Sociais
Ano de 2010
Do mesmo modo que outros acontecimentos, a conduta humana ( interna ou externa ) mostra nexos e regularidades. Mas, há algo próprio da conduta humana: o curso de regularidades e nexos é interpretável pela via da compreensão.
Max Weber. Ensayos sobre metodologia sociológica. Buenos Aires: Amorrortu, 1982, p. 175.
Considerando o texto acima e com relação à sociologia compreensiva, julgue os itens que se seguem
As interpretações providas de sentido de uma conduta concreta constituem para a sociologia compreensiva meras hipóteses com relação à imputação causal.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
DPU - Sociólogo
Ano de 2010
As prioridades e metas físicas da administração pública federal para 2010 estão contempladas em anexo à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício.
Os programas destinados ao atingimento do objetivo de promover um ambiente social pacífico e garantir a integridade dos cidadãos incluem
a) o desenvolvimento do comércio exterior e da cultura exportadora.
b) o desenvolvimento de microempresas e empresas de pequeno porte.
c) o desenvolvimento da agricultura irrigada.
d) o reaparelhamento e adequação da Força Aérea Brasileira.
e) a defesa do consumidor.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
DPU - Sociólogo
Ano de 2010
O STF aprovou, recentemente, o planejamento estratégico da Corte para o quinquênio 2009/2013, com o estabelecimento de trinta metas.
A esse respeito, assinale a opção que apresenta uma meta que tem visibilidade perante o público externo, além de impacto direto e imediato na relação com os cidadãos que recorrem ao Poder Judiciário.
a) promoção, a cada ano, de trinta horas de treinamento, em média, por servidor, garantindo quinze horas de treinamento por servidor de cada Secretaria
b) implantação do sistema de custos no tribunal.
c) alcance de pelo menos 30% de utilização de papel reciclado no tribunal
d) promoção de pelo menos uma ação a cada ano para aprimoramento institucional mediante acordo de cooperação com outros órgãos públicos
e) garantia de 100% dos recursos para a execução dos projetos estratégicos, anualmente
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca FCC
METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais
Ano de 2010
Raúl Prebisch ( 1901-1986 ), economista argentino, foi um dos mais destacados representantes da corrente cepalina na teoria do desenvolvimento. Entre as suas principais contribuições encontram-se a aproximação entre as noções de industrialização e de desenvolvimento e a separação analítica entre os processos de desenvolvimento do centro e da periferia.
Sua linha teórica identifica como obstáculos à industrialização da periferia:
a) concentração de renda, propagação da produtividade da indústria para a agricultura e crescimento linear de investimentos.
b) internalização dos mecanismos de produtividade, acentuação da acumulação mercantil e escassez de divisas agrárias.
c) protecionismo salarial, forte carga tributária induzindo alto investimento público e ausência de cultura gerencial entre os produtores.
d) baixa produtividade, concentração de renda e baixa taxa de conversão da poupança interna em investimento.
e) transferência de renda para o centro, desativação rápida dos ciclos de investimento e ampliação do mercado interno.
A resposta correta é:
Assunto Geral
Banca CESPE
EMBASA - Ciências Sociais - Sociologia
Ano de 2010
Lula pede reforma internacional em discurso à ONU
1 Senhor Presidente,
Há exatamente um ano, no limiar da crise que se
abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que
4 seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável,
cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos
as suas causas.
7 Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise
dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma
concepção econômica, política e social tida como
10 inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de
pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas
décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam
13 autorregular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado,
considerado por muitos um mero estorvo.
Foi a tese da liberdade absoluta para o capital
16 financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e
das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo,
atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento
19 e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização
das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a
mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A
22 verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da
soberania popular e nacional dos Estados e dos governos
democráticos por circuitos autônomos de riqueza e de
25 poder.
Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que
governantes e não tecnocratas arrogantes deveriam
28 assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial.
O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia
mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os
31 países desenvolvidos e os organismos multilaterais onde
eles eram hegemônicos foram incapazes de prever a
catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.
34 Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo,
golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham
reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é
37 justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos
que nada têm a ver com ela: os trabalhadores e as nações
pobres ou em desenvolvimento.
40 Passados doze meses, constatamos que houve alguns
progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não
há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral,
43 as graves distorções da economia global. O fato de ter sido
evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em
alguns um perigoso conformismo.
46 A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada.
Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de
regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em
49 realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e
o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de
Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres
52 do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas.
Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.
Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O
55 Brasil um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da
crise é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos
nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso
58 sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido
nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de
devedores à de credores internacionais.
Folha Online, 23/9/2009.
O discurso presidencial transcrito ao lado aborda os principais temas mundiais da atualidade, como o neoliberalismo, a globalização, o papel do Estado, a industrialização e a democracia entre as nações. Com relação a esses assuntos, julgue os itens a seguir.
A citada "demonização das políticas sociais" (L.19-20) diz respeito a uma época na qual não havia a implantação de políticas públicas que conferissem garantias aos direitos da cidadania, então esquecidas em nome da teoria neoliberal do Estado mínimo.
A resposta correta é: