Questões de Sociologia

Assunto Geral

Banca CESPE

IJSN - ES - Ciências Sociais

Ano de 2010

A afirmação que os fatos sociais devem ser tratados como coisas-afirmação que constitue a base do método é, talvez, a que tem encontrado, entre todas, a maior oposição. Considerou-se paradoxal e indigna a assimilação das realidades do mundo social às realidades do mundo exterior ( ... ).

Émile Durkheim. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Brasileira, 1937, p. 129 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial e no que concerne ao fato social, julgue os itens

A colaboração na gênese das instituições sociais permite que se conheçam as verdadeiras razões que impulsionam a obra e a natureza das ações.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Sociologia

Ano de 2010

Lula pede reforma internacional em discurso à ONU


1 Senhor Presidente,
Há exatamente um ano, no limiar da crise que se
abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que
4 seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável,
cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos
as suas causas.
7 Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise
dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma
concepção econômica, política e social tida como
10 inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de
pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas
décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam
13 autorregular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado,
considerado por muitos um mero estorvo.
Foi a tese da liberdade absoluta para o capital
16 financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e
das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo,
atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento
19 e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização
das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a
mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A
22 verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da
soberania popular e nacional — dos Estados e dos governos
democráticos — por circuitos autônomos de riqueza e de
25 poder.
Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que
governantes — e não tecnocratas arrogantes — deveriam
28 assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial.
O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia
mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os
31 países desenvolvidos — e os organismos multilaterais onde
eles eram hegemônicos — foram incapazes de prever a
catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.
34 Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo,
golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham
reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é
37 justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos
que nada têm a ver com ela: os trabalhadores e as nações
pobres ou em desenvolvimento.
40 Passados doze meses, constatamos que houve alguns
progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não
há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral,
43 as graves distorções da economia global. O fato de ter sido
evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em
alguns um perigoso conformismo.
46 A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada.
Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de
regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em
49 realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e
o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de
Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres
52 do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas.
Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.
Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O
55 Brasil — um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da
crise — é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos
nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso
58 sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido
nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de
devedores à de credores internacionais.

Folha Online, 23/9/2009.

O discurso presidencial transcrito ao lado aborda os principais temas mundiais da atualidade, como o neoliberalismo, a globalização, o papel do Estado, a industrialização e a democracia entre as nações. Com relação a esses assuntos, julgue os itens a seguir.

No terceiro parágrafo, o discurso faz menção aos grandes confiscos econômicos, como foram, por exemplo, os do Plano Cruzado e o Plano Collor, na época em que as teorias neoliberais ainda estavam em voga.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

DPU - Sociólogo

Ano de 2010

Entre os programas e ações do Conselho Nacional de Justiça, destaca-se a advocacia voluntária, que visa prestar assistência jurídica tanto aos presos quanto aos seus familiares.

Devido à situação carcerária do Brasil, esse programa tem como objetivo

a) aliviar o trabalho dos juízes.
b) compensar o número insuficiente de advogados no Brasil.
c) facilitar o trabalho dos defensores públicos nos estados.
d) dar cumprimento pleno às sentenças de condenação.
e) fornecer meios para o exercício dos direitos dos mais pobres.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Sociologia

Ano de 2010

Lula pede reforma internacional em discurso à ONU


1 Senhor Presidente,
Há exatamente um ano, no limiar da crise que se
abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que
4 seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável,
cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos
as suas causas.
7 Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise
dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma
concepção econômica, política e social tida como
10 inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de
pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas
décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam
13 autorregular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado,
considerado por muitos um mero estorvo.
Foi a tese da liberdade absoluta para o capital
16 financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e
das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo,
atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento
19 e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização
das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a
mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A
22 verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da
soberania popular e nacional — dos Estados e dos governos
democráticos — por circuitos autônomos de riqueza e de
25 poder.
Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que
governantes — e não tecnocratas arrogantes — deveriam
28 assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial.
O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia
mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os
31 países desenvolvidos — e os organismos multilaterais onde
eles eram hegemônicos — foram incapazes de prever a
catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.
34 Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo,
golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham
reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é
37 justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos
que nada têm a ver com ela: os trabalhadores e as nações
pobres ou em desenvolvimento.
40 Passados doze meses, constatamos que houve alguns
progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não
há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral,
43 as graves distorções da economia global. O fato de ter sido
evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em
alguns um perigoso conformismo.
46 A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada.
Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de
regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em
49 realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e
o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de
Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres
52 do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas.
Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.
Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O
55 Brasil — um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da
crise — é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos
nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso
58 sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido
nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de
devedores à de credores internacionais.

Folha Online, 23/9/2009.

O discurso presidencial transcrito ao lado aborda os principais temas mundiais da atualidade, como o neoliberalismo, a globalização, o papel do Estado, a industrialização e a democracia entre as nações. Com relação a esses assuntos, julgue os itens a seguir.

Em prol de um mundo multipolar, países como a Índia e o Brasil advogaram, na Rodada de Doha, que os países ricos, principalmente os Estados Unidos da América e os da União Europeia, derrubem suas barreiras tarifárias e importem mais produtos agrícolas dos países pobres.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

DPU - Sociólogo

Ano de 2010

As consequências das políticas de valorização do salário mínimo incluem

a) menor participação da renda do trabalho no conjunto das remunerações.
b) maior heterogeneidade do mercado de trabalho.
c) expansão do mercado de consumo de bens supérfluos.
d) queda das desigualdades de renda.
e) menor concentração de remunerações em torno do salário mínimo.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais

Ano de 2010

O reconhecimento da historicidade da situação de subdesenvolvimento requer mais do que assinalar as características estruturais das economias subdesenvolvidas. Há que se analisar, com efeito, como as economias subdesenvolvidas vinculam-se historicamente ao mercado mundial e a forma em que se constituíram os grupos sociais internos que conseguiram definir as relações orientadas para o exterior que o subdesenvolvimento supõe.

Em conformidade com o excerto acima, pode-se afirmar que uma das inovações introduzidas pela linha teórica desses autores, no estudo do desenvolvimento, relacionase com

a) o reconhecimento da particularidade das situações concretas de desenvolvimento no contexto de vinculação das colônias com o imperialismo pósindustrial.
b) a acentuação dada ao caráter estrutural da dependência e à relação entre aspectos econômicos e processos políticos de dominação entre países e entre classes em cada contexto nacional.
c) a ênfase na articulação entre o projeto econômico do capital estrangeiro multinacional e o projeto político de incorporação das novas classes médias ao sistema de dominação.
d) a demonstração de que as configurações de blocos de poder hegemônicos interferem nas relações de interdependência política entre países centrais e periféricos, mas não nas de dependência econômica.
e) o relevo dado à formação política autônoma das classes sociais internacionais na conformação de um quadro histórico concreto e situacional de desenvolvimento econômico independente e associado.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

IJSN - ES - Ciências Sociais

Ano de 2010

A afirmação que os fatos sociais devem ser tratados como coisas-afirmação que constitue a base do método é, talvez, a que tem encontrado, entre todas, a maior oposição. Considerou-se paradoxal e indigna a assimilação das realidades do mundo social às realidades do mundo exterior ( ... ).

Émile Durkheim. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Brasileira, 1937, p. 129 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial e no que concerne ao fato social, julgue os itens

Os fatos sociais são considerados psíquicos, pois consistem-se em formas coletivas de pensar ou agir.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais

Ano de 2010

Segundo a Análise de Redes Sociais ( ARS ), os tipos de redes sociais podem ser classificados quanto ao escopo, aos atores e aos vínculos, dentre outras classificações. São exemplos de redes sociais classificadas quanto ao escopo:

a) triádica e diádica.
b) vínculos associados, vínculos desassociados e articulações vinculantes.
c) hierárquica, não-hierárquica e mista.
d) one-mode e two-mode.
e) egocêntricas e sistemas abertos.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca CESPE

EMBASA - Ciências Sociais - Sociologia

Ano de 2010

Lula pede reforma internacional em discurso à ONU


1 Senhor Presidente,
Há exatamente um ano, no limiar da crise que se
abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que
4 seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável,
cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos
as suas causas.
7 Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise
dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma
concepção econômica, política e social tida como
10 inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de
pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas
décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam
13 autorregular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado,
considerado por muitos um mero estorvo.
Foi a tese da liberdade absoluta para o capital
16 financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e
das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo,
atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento
19 e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização
das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a
mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A
22 verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da
soberania popular e nacional — dos Estados e dos governos
democráticos — por circuitos autônomos de riqueza e de
25 poder.
Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que
governantes — e não tecnocratas arrogantes — deveriam
28 assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial.
O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia
mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os
31 países desenvolvidos — e os organismos multilaterais onde
eles eram hegemônicos — foram incapazes de prever a
catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.
34 Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo,
golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham
reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é
37 justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos
que nada têm a ver com ela: os trabalhadores e as nações
pobres ou em desenvolvimento.
40 Passados doze meses, constatamos que houve alguns
progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não
há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral,
43 as graves distorções da economia global. O fato de ter sido
evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em
alguns um perigoso conformismo.
46 A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada.
Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de
regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em
49 realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e
o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de
Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres
52 do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas.
Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.
Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O
55 Brasil — um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da
crise — é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos
nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso
58 sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido
nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de
devedores à de credores internacionais.

Folha Online, 23/9/2009.

O discurso presidencial transcrito ao lado aborda os principais temas mundiais da atualidade, como o neoliberalismo, a globalização, o papel do Estado, a industrialização e a democracia entre as nações. Com relação a esses assuntos, julgue os itens a seguir.

São chamados paraísos fiscais as cidades nas quais há pouca ou nenhuma incidência de impostos sobre o livre trânsito de produtos comerciais, gerando facilidades fiscais para a fixação das empresas, em um mecanismo de fortalecimento das economias locais.

A resposta correta é:

Assunto Geral

Banca FCC

METRÔ - Analista Trainee - Ciências Sociais

Ano de 2010

No texto

"A objetividade do conhecimento nas ciências sociais, Max Weber estabelece quatro operações relacionadas ao seu modelo de explicação dos fenômenos sociais.

NÃO é uma dessas operações:

a) considerar que um mesmo fenômeno só poderá manter uma relação com uma única causa.
b) tornar inteligível a causa e a natureza da significação de um agrupamento individual de "fatores" historicamente dados.
c) observar como se desenvolvem as diferentes características individuais dos agrupamentos de importância para o presente.
d) estabelecimento de "leis" e "fatores".
e) avaliar as constelações possíveis no futuro.

A resposta correta é:

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